Casa atingida pelo Ciclone Bomba na ocupação Popular Mestre Moa. Foto: Franklin Machado/Cáritas SC
“Foi um susto muito grande. Nunca
passamos por isso aqui na nossa região. Quando vi, estava vindo lá do morro
aquela nuvem branca com barulhos da mata caindo e derrubando tudo. Quando o
vento chegou aqui foi pior ainda, as árvores começaram a cair em cima das
nossas casas e nossa principal preocupação era com as crianças”. Foram com estas
palavras que dona Benilda Aparecida Sampaio, uma das líderes da ocupação urbana
Mestre Moa, relatou os rastros deixados pelo Ciclone na comunidade localizada
no município da Palhoça (SC), na Grande Florianópolis.
Benilda Aparecida Sampaio, líder Comunitária e atingida pelo Ciclone. Foto: Franklin Machado/Cáritas SC
Após uma semana, o estado de
Santa Catarina ainda busca contabilizar os estragos deixados pelo “Ciclone
Bomba” que atingiu todas as regiões catarinenses no último dia 30 de junho. Com
rajadas de ventos atingindo uma velocidade superior a 130km/h, o ciclone
extratropical, que é composto por uma área de baixa pressão, começou a se
formar no norte da Argentina e se deslocou para o Oceano Atlântico, passando
pela Região Sul do país.
A ocupação Mestre Moa conta com
cerca de 30 famílias residentes. Em cerca de 80 por cento das casas houveram algum
dano grave na estrutura e em todas aconteceram destelhamentos. Atendendo a área
de atuação da Cáritas Brasileira em Santa Catarina ‘Meio Ambiente Gestão de
Riscos e Emergências’ e em sintonia com a Ação Emergencial Solidária da Igreja
no Brasil ‘É Tempo de Cuidar’, a equipe do secretariado regional da Cáritas está
acompanhando de perto a comunidade. Já foram entregues mais de 120 folhas de
telhas, cerca de 3 mil tijolos, mais de 200 tábuas de madeira, além de areia,
brita, cimento, vergalhões de ferro, pregos, janelas e outros materiais para a
reconstrução das casas.
Mutirão Comunitário para reconstrução das casas. Foto: Franklin Machado/Cáritas SC.
A Rede Cáritas em Santa Catarina,
composta por seis entidades membros, está em processo de conclusão de um
diagnóstico com os reais dados dos estragos deixados pelo ciclone no estado e o
que já foi destinado para as vítimas através dos recursos da Rede.
Confira no vídeo abaixo uma reportagem
com depoimentos dos moradores da ocupação urbana Mestre Moa: